Mestiço - O Zorro Brasileiro


Joaquim Antonio Padial - esse é o nome do meu avô, um homem sonhador, com idéias avançadas para sua época.
Meu avô era um homem que não tinha vergonha de nada, usava camisa listrada com calça xadrez, meias de cores diferentes, lenços amarrados em sua bota. Atendia seus clientes da imobiliária ainda deitado da cama, às 15:30 da tarde, entre muitas outras manias.
Ele era empreendedor do ramo imobiliário. Enquanto construía e comercializava casas, Joaquim abrigava na mente o sonho de ser cineasta. Dessa paixão surgiu a vontade de fazer um filme. Foi então que criou a Companhia Cinematográfica Cayowaá. Ele pretendia fazer alguns filmes, um em especial, sobre o personagem Mestiço, o Zorro Brasileiro.

Assim, na década de 60, ele passou a usar roupas de caubói usando botas até o joelho e chapéus com emblema de cavalo, cinturões amarradso nas pernas com revólver de espoleta, com o cabo de madrepérola e outros acessórios de caubóis sempre ao lado de seu cavalo preto. Um dos interessados no roteiro de seu filme foi José Mojica Marins, mais conhecido como Zé do Caixão, mas, infelizmente por falta de patrocínio, eles não conseguiram concretizar o filme.
Por ele andar caracterizado de Mestiço, marcou a vida de muitas pessoas, principalmente das crianças. Vê-lo vestido daquela forma era o máximo.
Há pouco tempo minha mãe encontrou um amigo de infância que se recordou daquela época, daquele homem que era conhecido como Mestiço, que tocava berrante, vivia montado em seu cavalo, cantado músicas que ele mesmo compunha e contando seus sonhos. Tinha no sangue um espírito de aventureiro, que deixou de herança a nós, sua família!

Dedicado à Joaquim Antonio Padial (i.m.)

Comentários

  1. Oi td bem? gostaria de entrar em contato com vc, conversar sobre esta hisória. É importanssímo!!! Vou deixar meu e-mail carolinefernanda18@hotmail.com se vc puder me andar um e-mail ou me add no msn agradeceria mto! obrigada!

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