Rua da Consolação

Lembro que meu tio chamava todos os sobrinhos na cozinha, enquanto minha tia preparava um lanche para ele, essas coisas fortificantes do tipo gemada, mocotó, leitinho quente com canela, etc...

Contava ele que quando era policial, fazia ronda a pé e sozinho.

Numa noite de lua cheia, baixou uma névoa branca. Então um rapaz se aproximou dele e lhe perguntou as horas. Quando ele olha direito, era uma caveira.

Ele saiu correndo, ladeira “a riba”. O pé chegava bater na bunda. Logo a frente, encontrou uma senhora. Quando ele foi falar com, ela era outra caveira. Ele subiu mais e mais correndo, parecendo the flash.

Mais à frente encontrou um garoto de cabeça baixa. Quando ele perguntou para o garoto o que ele estava fazendo ali, outro susto: também era uma caveira. Lá foi ele mais rápido que o papa léguas.

Quando chegou próximo do Hospital das Clínicas, tinha uma moça com um carrinho de bebê. Ele chegou perto para avisá-la e ela também era uma caveira. Quando ele ia sair correndo, o bebê caveirinha agarrou o braço dele e...???

Não sei o final da historia, porque a luz sempre apagava. Era uma correria louca. Éramos 11, que em questão se segundos , estavamos longe da cozinha.

Telefonei para alguns primos perguntando o final da história. Por incrível que pareça ,ninguém sabe, e o meu tio só conta quando reunir todos nós de novo. Coisa que está difícil de acontecer.